quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Os filhos do General

A polícia de Brasília prendeu ontem um menino de 17 anos, acusado de matar o irmão mais novo. O rapaz confessou ter enforcado o irmão de 12 anos à pedido da irmã, de 13 anos, com quem mantinha um namoro.
Os três irmãos são filhos de um militar, que se casou pela segunda vez e teve a menina de 13 e o menino de 12. O mais velho é filho do primeiro casamento e veio morar com o pai e a madrasta recentemente.
Segundo a polícia, o crime foi planejado pelo rapaz e pela menina. Eles planejavam seqüestrar o caçula, pedir 45 mil reais de resgate e fugir com o dinheiro. O irmão mais velho acabou matando o menino em um matagal perto de casa antes mesmo de anunciar o seqüestro.
"Peguei uma fita de construção e matei. Ele só queria ser o filhinho do papai. Matei porque minha irmã pediu...Ela não acreditou que eu ia matar, aí eu matei".
Os dois irmãos da vítima se queixavam da atenção que o pai dava ao caçula, diziam que o irmão mais novo era o preferido.
Segundo a madrasta, o rapaz usava drogas, não estudava nem trabalhava. Os pais sabiam do relacionamento amoroso entre os dois irmãos.
O pai é um sargento e a família mora na área da reserva da Marinha, onde o corpo do menino foi encontrado.

Reflexos de uma sociedade doente, de pais omissos. Os piores crimes acontecem no quintal da Lei.


Texto com base na reportagem da Folha de S. Paulo

4 comentários:

Nádia Tamanaha disse...

O mundo está a cada dia mais cruel e, de acordo com as coisas que acontecem, nem na família a gente pode confiar muito. Absurdo.
Bom trabalho blogmate!

Bruna Freitas disse...

Virou modinha odiar a família? E uma que fala mal da irmã, desce o braço na outra... olha soh, que coisa!
Falar nisso, o filme "a filha do general" eh demais hein, élice?

Nádia Tamanaha disse...

Mas eu não consigo deixar de confiar nos amigos...

Aline Assunção disse...

" O espinho quando tem que furar, já nasce com a ponta", sempre diz o meu sábio pai (uma breve alusão ao Bem que mamãe disse).
Esse garoto sempre foi problema, tenho pena do irmão que foi vítima de um canalha, vagabundo. Em contra-ponto tenho raiva do pai que não atentou para o marginal que criou dentro de casa. Os pais foram omissos, e o nosso digníssimo Estado (maior) será negligente. Afinal estamos falando de um "menor", que segundo a nossa constituição, é incapaz de responder jurídicamente por seus crimes.

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